sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Recuo

Vivo em mutação. Constante transformação. Contradição.
Não sei se isso é bom ou não, mas analisar os extremos deixou de ser coisa minha faz tempo. Sei que busco nova significação para isso aqui. Pra essa arte que pulsa e é mais do que simples reprodução. É expressar-se através das mãos.
E há muito não sentia mais isso sem ser pela criação de roupa cênica.
Mas ficar sem juntar linha, agulha e pano é também, de certa forma, sucumbir.

Busco nova existência, novas fulôres. Novas cores, formas, olhares, criações. Gosto muito disso aqui, mas preciso enxergar-me através do que crio. Sentir que vem de dentro. E  é preciso afastar-se pra que o olho e o coração assimilem, e retornar partindo de um outro lugar. Navegando em novos mares...
Recuo das ondas! mais sábias do que nossa racionalidade muitas vezes tão nociva.
Recuei.
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Inspirei.
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Expirei. Esperei.
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É preciso entender-se pra compreender o que se cria. Sair em busca de si...E não voltar. Passar a habitar outro lugar. Com outras significações. E é esse novo lugar que habitaremos a partir de então. É nesse novo tempo, maturado mas não definitivo, que o atelier "volta" a existir.

Novas crias surgirão...Que surjam então, em toda a sua potencialidade, verdade e expressividade!!!


Voltando pra ficar...mesmo sem saber até quando!


besos.


Marina Moll







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