segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O início de tudo!



Criar. Reformar. Inventar!
Juntando tudo sempre sai alguma coisa!!!! Alguma coisa que expressa o que você pensa, que reflete o olhar que você tem do mundo.
Eu gosto de criar! E principalmente ver as minhas criações passeando por aí. Por isso resolvi dar forma a essa minha necessidade de me expressar criando, oficialmente, o atelier Mari Fulô. Digo oficialmente por que há muito ele já existia. Comecei - praticamente no colo da vovó - com os biquinhos de pano de prato (até parece mentira, porque crochê é uma das últimas coisas que me atrevo a fazer!). Depois vieram umas blusinhas pintadas a mão (gente, que engraçado, lembrei disso agora!!! Recordar é viver...) e a primeira bolsa, que eu mesma usava, e que foi feita com uma calça jeans velha e rasgada. (As blusinhas pintadas davam certo, porque será que não continuei?! Algo a se pensar.)
Decidi então que, já que gostava de fazer essas coisas, queria fazer alguma coisa para vender mesmo, dar uma engordadinha na poupança, porque, desde sempre, decidi ser atriz, e todo mundo sabe que arte não dá muito dinheiro nesse país, não é!? Então comecei com as bijoux e fiquei um tempão fazendo, e vendi muuuiiittooo pelos pátios da Fundação ( a Larissa que o diga - ela tem todos!!!!!, e até hoje faz encomendas!!). Fui aperfeiçoando os colares e comecei a fazer também cachecol de tricô, que por sinal, gosto muito de fazer. Fiquei um tempo fazendo essas duas coisas, cachecol e colares, mas precisava ciar algo novo pois não consigo ficar muito tempo numa coisa só.
Voltei para as blusinhas, só que dessa vez customizadas e, como na época estudava teatro, montamos uma peça na qual eu, junto com umas amigas, produzimos o figurino; quer dizer, nós criamos e mandamos para a costureira. Só que de repente, meu olhar se voltou tanto para isso e a ficha caiu: FIGURINOS, é isso!!!!! Fiz um curso no MAM, mamãe patrocinou a máquina (muito obrigada mãe, por tudo!! E por ceder o quarto também!) E veio, o primeiro trabalho de figurino. E foi logo um trabalhão, para um grupo vocal (Karallargá, lindos de morrer! Eu amo!) que ia fazer 4 shows.Logo, 4 figurinos diferentes (minha avó me ajudou muuuiitoo nessa época, e ainda me ajuda. Ela me ensinou absolutamente TUDO! Obrigada D. Nancy!)! Foi a maior correria e uma super produção para um ateliê que ainda nem existia. Foi bárbara essa experiência, e essencial para o começo.
Dos  retalhos desses figurinos veio a primeira bolsa feita na máquina de costura, e depois dela,  encomendas, e mais bolsas (dessa vez sem ser com os retalhos dos figurinos, aquela ficou para mim mesmo!), e a necessidade cada vez maior de uma identidade e uma cara para tudo isso, até para fazer disso um trabalho mesmo, com todo o cuidado  que ele  merece. Arrumei um espacinho aqui em casa, afastei os móveis, pintei as paredes e tudo foi tomando forma. Veio a escolha do nome (Isso foi difíiicil!!!!), da identidade visual, a bancada enorme e perfeita construída pelo maior incentivador, e todos os detalhes necessários para um primeiro passo.
Então, com muito amor, carinho, felicidade e apoio da família (minha prima Natália, em especial, que quando eu estava "atolada" veio aqui cortar uns panos comigo!), do namorado (o maior incentivador, além de conselheiro para todos os passos) e de todas as minhas amigas, que são clientes fiéis, o Mari Fulô, hoje, existe! E, apesar de ainda bebezinho, pretende dar passos cada vez maiores e mais firmes!

Muito obrigada a todos que contribuíram e vivem comigo esse momento, e que a cada dia, mais pessoas desfilem por aí com a Mari Fulô (Epa! Com a Mari Fulô não, com criações do atelier Mari Fulô!)

Um beijo muito feliz,

Marina Moll

(texto escrito em 16/março/2009)

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